Redes I - 2010/01
Considerações Finais
         Podemos ver nesse trabalho, que com o surgimento de serviços como o Wireless Application Protocol (WAP) e dispositivos como os Smartphones sendo usados, surgem questões a respeito do futuro da comunicação sem fio e a posição dos sistemas de terceira e quarta gerações. Assim, desejos e necessidades dos consumidores passam a ser de extrema relevância e várias dessas tendências começam a ser discutidas com mais interesse tanto pelas instituições acadêmicas como pela indústria. A seguir, estão resumidas algumas:
  • Múltiplos padrões: tal como vem ocorrendo com diversas comissões e entidades propondo diferentes padrões para sistemas de 3G, como 3GIP, 3GPP, 3GPP2, MWIF, é provável que o mesmo ocorra com os sistemas de 4G. As vantagens em relação à isso são: a diminuição dos custos com dispositivos e servidores, devido ao surgimento de interfaces e protocolos de mais fácil atualização; o projeto de protocolos de middleware e conversão entre os múltiplos padrões que poderão existir, devido à necessidade de oferecer um atendimento globalizado.
  • Predominância de dados sobre voz: com a popularização de serviços de voz sobre IP e acesso a dados usando Smartphones,há uma necessidade cada vez maior de se projetar sistemas voltados predominantemente para serviços de dados ao invés de somente voz. Como conseqüência, novos modelos de tráfego deverão ser usados, novos protocolos deverão ser pensados.
  • Novos dispositivos: a adoção de novos dispositivos, dotados de sensores, micro navegadores, servidores móveis implicam na necessidade de um estudo cuidadoso do impacto causado pelo tráfego de dados e por radio-interferências.
  • Uso de IP: sabe-se que o IP-Móvel não é suficiente para suprir todas as necessidades dos sistemas de terceira e quarta gerações, pois não oferece alta velocidade de handoffs, paging, QoS, não possui problemas relacionados ao tráfego de sinalização, reduzindo sua escalabilidade, além de não possuir uma API que permita explorar o estado da conexão sem fio. Entretanto, estudos mostram que é possível adaptá-lo para que seja usado tanto em servidores como nos dispositivos móveis.
  • Maior largura de banda: com grande parte das aplicações para celulares transmitindo mapas, fotos e outros dados, maior largura de banda será exigida. O uso de técnicas eficientes de compressão, dimensionamento de servidores e dos serviços e serão essenciais para se obter QoS.
  • Redes híbridas: estão sendo estudadas, além das redes com arquitetura celular convencional e das redes ad-hoc, redes em que ambas as abordagens serão usadas simultaneamente, aproveitando os pontos positivos de cada uma. Porém, junto com a utilização das redes híbridas serão necessários algoritmos e ferramentas de simulação que levem em consideração as diferentes características de cada uma.
Topo