Codificação
Segundo a especificação do WiMAX, antes de a codificação ser realizada, os dados passam por um processo de aleatorização de dados (data randomization), um simples deslocamento de bits com o objetivo de criar uma encriptação básica. Então, os dados são divididos em “blocos FEC” (forward error correction), que serão codificados individualmente e posteriormente concatenados. Cada bloco FEC é composto de um número de subcanais, que são a menor unidade de alocação de recursos da camada física (contendo várias subportadoras piloto e de dados).
O principal esquema de codificação (channel coding) definido no padrão IEEE 802.16e-2005 é baseado em código convolucional – código no qual strings de m bits são transformados em um símbolo de n bits e a transformação é função dos últimos k bits a serem codificados. Neste esquema o codificador possui comprimento restritivo k igual a 7 e uma taxa de codificação m/n igual a ½. No entanto, também são definidos esquemas alternativos de codificação, sendo o principal deles o código turbo. Em codificadores deste tipo, dois bits consecutivos da seqüência de entrada são codificados simultaneamente através de dois polinômios geradores. Eles têm sido amplamente empregados porque possuem diversas vantagens, como aumento a distância mínima entre palavras de código (e conseqüente melhor detecção e correção de erros) e melhor desempenho durante a codificação. Após os blocos FEC serem codificados, eles passam por um processo de ajuste de taxa (rate matching), para ajustar o seu comprimento ao quadro de rádio, seja inserindo ou removendo bits.
Neste momento, pode ser acrescentada uma etapa de HARQ (Hybrid-ARQ). Nesta etapa, caso um bloco seja retransmitido, é acrescentada uma redundância adicional, o que torna maior a probabilidade de que o bloco seja recebido com sucesso. O próximo passo do processo de codificação consiste no entrelaçamento (interleaving), cujo objetivo é rearranjar os bits de transmissão de forma que rajadas de erro sejam mais facilmente corrigidas pelo receptor. No WiMAX ele é realizada em dois passos: no primeiro, bits consecutivos são mapeados em subportadoras diferentes, o que melhora o desempenho do decodificador e distribui a carga de transmissão entre as subportadoras. No segundo passo, os bits adjacentes são alternadamente mapeados em posições mais ou menos significativas do bloco a ser transmitido. Este entrelaçamento é efetuado para cada bloco FEC independentemente.
Finalmente, temos o mapeamento de símbolos (symbol mapping): a seqüência de bits é mapeada em uma seqüência de símbolos. As principais constelações (esquemas de mapeamento) utilizadas no WiMAX são QPSK (quadrature phase-shift keying) e 16 QAM (quadrature amplitude modulation), mas a constelação 64QAM também é definida no padrão.