O que podemos concluir sobre a questão da biometria, mais
precisamente do reconhecimento de assinaturas é que está é uma área que tende a
crescer grandemente, mas que para isto necessitará de cada vez mais tecnologia.
A tendência é que cada vez mais o controle de atividades do ser
humano, como o cartão de ponto, o reconhecimento de firma, a liberação de acesso a
uma área restrita, tendam a ser feitos baseados em características em tese únicas. Por
isto, torna-se tão importante o reconhecimento biométrico.
No caso específico do reconhecimento de assinaturas, as facilidades
seriam muitas, já que o reconhecimento de uma firma, a autenticação de um cheque, a
assinatura de um contrato, poderiam ser tarefas com certificação imediata, bastando
um sistema eficiente fazer o reconhecimento da assinatura de interesse.
Mas esta questão esbarra nas dificuldades tecnológicas existentes
atualmente. Neste trabalho citou-se uma série de procedimentos que podem ser feitos
para processar a imagem para o reconhecimento de assinaturas, mas nisto se baseia
o chamado reconhecimento offline. Ou seja, o reconhecimento depois que é feita a
assinatura. O ideal é que, além das características já citadas, fosse possível ser feito o
reconhecimento da pressão com que se escreve, da velocidade da caneta, dos pontos
em que a caneta é retirada do papel.
Porém isto tudo deve ser feito no momento da escrita. É o dito
reconhecimento online. Mas para que ele ocorra deve existir um poder computacional
muito grande. O processamento de todos estes dados em um tempo satisfatório, que
não atravanque a autenticação e não faça as pessoas esperarem, é complicado.
Além disto, a necessidade de se assinar várias vezes até que haja um
banco de dados suficientemente grande, aliados ao fato de a assinatura mudar ao longo
do tempo e das circunstâncias pode gerar constrangimentos ao usuário do sistema.
Outra dificuldade tecnológica é o desenvolvimento de uma rede neural
poderosa o suficiente para fazer cálculos precisos e rápidos para o reconhecimento
das assinaturas. A tendência natural é que as redes neurais artificiais sejam
desenvolvidas cada vez mais nos próximos anos, mas esta é apenas uma perspectiva.
Pode-se finalmente concluir que, com o provável avanço de técnicas
computacionais e o desenvolvimento de redes neurais, o uso da biometria será cada
vez mais difundido, o que levará ao desenvolvimento de mais e mais tecnologia devido
a incentivos econômicos. Isto provavelmente levará a um “círculo vicioso”, que tenderá
a fazer crescer o mercado biométrico.