6. Defensores do TCPA
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Algumas das críticas à TCPA a acusam de ser, primordialmente, voltada para atender aos anseios do DRM. Estas críticas argumentam que a TCPA retiraria os direitos dos usuários em suas próprias máquinas, não permitindo “backup” nem deslocamento de  tempo ou espaço de conteúdo comprado legalmente.
Os méritos do DRM são um tópico complexo e foram abordados no tópico anterior, mas é fácil, segundo a IBM (como argumentado em [1]), apontar características do “chip” TCPA que o tornam inadequado para a realização das tarefas em prol do DRM. Além disso, a implementação da IBM para este ”chip”não foi projetada, nem disponibilizada, com a proteção antifalsificação necessária para prover, efetivamente, proteção anticlonagem de dados.
O “chip” TCPA não é, particularmente, adequado para o DRM. Embora ele realmente possua a habilidade de reportar informação assinada do PCR, e o fato de esta informação poder ser utilizada para prevenir a reprodução dos dados, a menos que sistema operacional e aplicativos confiáveis estejam em uso, este tipo de estratégia seria um pesadelo de se gerenciar pelos provedores de conteúdo. A cada qualquer alteração na BIOS, no sistema operacional, ou no aplicativo, ocorreria a alteração dos valores reportados. De que forma os provedores de conteúdo poderiam reconhecer quais valores de PCR seriam válidos, dada a enorme quantidade de plataformas, versões de sistemas operacionais e freqüentes pacotes de reparo de “software”?
Segundo, a versão do “chip” TCPA produzida pela IBM se localiza no barramento LPC, o qual é facilmente monitorável. O “chip” não é defendido contra análises de potência, rádio- freqüência ou temporização. O ponto fraco seria então o fato de que o proprietário físico da máquina poderia, facilmente, recuperar qualquer segredo relativo aos DRM contido no “chip”. A razão para esta aparente “negligência” neste “chip” está no propósito do “chip”, que é de defender os dados do usuário contra ataques remotos, e não contra ataques do próprio usuário.
Além disso, como defendido em [4], condenar TCPA por sua potencialidade em permitir o uso de aplicações em prol do DRM seria um absurdo. Seria o mesmo que apoiar alguns governos em suas tentativas de banir a encriptação de dados, pois a encriptação poderia ser usada por terroristas para esconder suas mensagens.