Hardware
 Talvez a parte mais importante para a implantação 
  de uma SAN seja referente ao hardware. É importante selecionar 
  com cuidado os dispositivos de hardware para uma SAN pois há 
  diferenças muito grandes entre os equipamentos fornecidos por diferentes 
  empresas do ramo. Além disso, devido às SANs serem bastante dependentes 
  de alguns softwares para funcionar corretamente, é muito importante 
  garantir as atualizações de softwares, firmwares 
  e outras questões ligadas a compatibilidade. Os fabricantes de equipamentos 
  para SAN costumam divulgar matrizes de compatibilidade para seus produtos em 
  seus sites. Nelas há uma qunatidade muito grande de informações, 
  contendo diversas combinações de hardware e software, 
  como storage, switch, HBA, servidor e sistema operacional, 
  que foram homologados pelo fabricante. Entre as principais empresas do mercado 
  especializadas em projeto de SAN destacam-se: EMC, Sun Microsystems, IBM, HP, 
  Network Appliance e Brocade.
 Os principais componentes de hardware são:
 
  
    -  Servidor de discos:
 Servidores de discos, também chamados de storages ou frames, 
      são dispositivos que armazenam discos compartilhados pelos hosts 
      da rede. Eles possuem, em geral, diversas áreas diferentes, com esquemas 
      de RAID diferentes ou discos específicos para a realização 
      de espelhamentos para backup, os chamados BCV (business continuance 
      volumes). Os BCVs facilitam muito tanto o backup quanto a 
      restauração dos dados. O seu conteúdo é sincronizado 
      com o conteúdo do disco principal, até que se faça 
      uma quebra do sincronismo, o chamado split. Neste momento, o BCV guarda 
      uma imagem do disco antes do split, e pode ser usado para backup, 
      enquanto o servidor continua trabalhando, sem impactos na produção. 
      Este procedimento pode ser feito com a freqüência mais conveniente 
      para o usuário e, em muitos casos, o BCV é utilizado também 
      para restauração de dados perdidos, que é muito mais 
      rápido do que acessar fitas de backup.
 Muitos storages, além de discos, possuem também uma 
      espécie de processador e memórias nvram e/ou flash, onde é 
      armazenado o firmware do equipamento.
 
 
-  Hubs:
 Assim como hubs de uma rede local, os hubs FC permite 
      que todos os dispositivos conectados a ele se enxerguem e possam trocar 
      informações entre si. Possuem as vantagens de possuir baixo 
      preço e baixa complexidade. Permite ainda que dispositivos possam 
      ser inseridos ou removidos sem interrupção alguma, o que torna 
      o ambiente bastante dinâmico. Entretanto, os hubs dividem 
      a largura de banda por todos os dispositivos conectados a ele, o que pode 
      representar uma perda muito grande de velocidade.
 Os hubs podem ser cascateados, a fim de fornecer mais portas para 
      aumentar ainda mais a conectividade. Teoricamente, o hub suporta 
      até 127 dispositivos conectados a ele, mas na prática, deve-se 
      restringir o total de dispositivos a 30, no máximo.
 Para pequenos grupos de trabalho os hubs são mais atrativos, 
      pois fornecem um alto grau de interoperabilidade por um preço menor. 
      Existem hubs fibre channel de 4 a 16 portas e possuem uma largura 
      de banda de, no máximo, 100 MB por segundo, compartilhado entre os 
      servidores conectados às suas portas.
    
    -  Switches:
 Switches fibre channel são bem mais complexos que os hubs, 
      tanto em seu projeto quanto em funcionalidade. Enquanto os hubs 
      são apenas um concentrador de cabos para um segmento compartilhado, 
      um switch é um dispositivo de rápido roteamento dos 
      dados e possui uma taxa de transferência de dados exclusiva para cada 
      porta. As taxas de transferência variam bastante dependendo do switch, 
      que vêm evoluindo rapidamente. Atualmente, a velocidade máxima 
      está em 400 MB/s para cada porta.
 Enquanto os hubs não participam de atividades no nível 
      do protocolo Fibre Channel, os switches participam ativamente, 
      tanto para fornecer serviços quanto para supervisionar o fluxo de 
      frames entre a origem e o destino.
 
 
-  Bridges Fibre Channel-SCSI:
 As chamadas bridges em uma SAN são equipamentos que realizam 
      a conversão entre dispositivos SCSI e Fibre Channel, interfaces de 
      diferentes padrões elétricos e diferentes protocolos. Isto 
      permite a manutenção dos dispositivos SCSI na SAN, como drives 
      de fita de backup, integrando-o aos novos ambientes de tecnologia 
      Fibre Channel.
    
    -  HBA (Host Bus Adapter):
 Uma HBA é um dispositivo capaz de conectar dispositivos externos 
      a um servidor. Por exemplo: para conectarmos um disco SCSI a um micro (barramento 
      interno PCI), será necessário utilizar uma HBA SCSI-PCI. No 
      caso da SAN, é necessário instalar em todos os servidores 
      participantes dela uma HBA Fibre Channel, que se encarregará 
      de fazer as conversões dos diferentes meios internos e externos ao 
      servidor.
 As HBAs FC possuem, ainda, uma espécie de processador (um chip) 
      capaz de fazer a conversão de protocolos para poupar a CPU do servidor 
      deste trabalho.