Muitos objetivos a serem alcançados são
conflitantes e devem ser levados em consideração para garantir
o sucesso comercial das Redes sem Fio:
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Operação global: a operação
de uma Rede sem Fio depende de uma padronização técnica.
E países diferentes podem possuir padronizações diferentes,
diminuindo dessa forma, os ganhos advindos da economia em escala.
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Consumo de energia: uma característica intríseca
da comunicação por Rede sem Fio é falta de conexão
das estações móveis com uma infra-estrutura. Daí
a necessidade de se construir aparelhos capazes de consumir o mínimo
de energia possível. Além disso, a própria Rede sem
Fio deve ser capaz de otimizar o consumo de energia do sistema.
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Freqüências: sua utilização
deve ser bem gerenciada, já que, infelizmente, há uma quantidade
de freqüências limitada disponível. Uma questão
a ser pesquisada é como se pode utilizar as freqüências
disponíveis de modo mais eficiente.
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Proteção de investimento: muito dinheiro
já foi investido nas redes cabeadas. Portanto as novas Redes sem
Fio devem ser capazes de interagir com elas; ou seja, os mesmo tipos de
dados e serviços devem ser padronizados nas Redes sem Fio.
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Segurança e robustez: um ambiente sem fio deve
garantir transmissões confiáveis sem ruídos e ter
métodos de segurança que evitem a recepção
das informações por interceptores não autorizados
e indesejáveis. Este é um dos aspectos mais preocupantes,
mas as redes sem fio geralmente oferecem métodos de encriptação
de dados que as fazem ser chamadas de WEP (Wireless Equivalent Privacy –
privacidade equivalente à de uma rede cabeada).
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Conexão à rede cabeada: é importante
na maioria dos casos que haja interconexão com as estações
do backbone da rede cabeada. Nas infra-estruturas sem fio isto se disponibiliza
pelo uso de módulos de controle que conectam os dois tipos de rede.
Certamente esta é uma característica importante para iniciar
a implantação numa rede pré-existente ou mesmo para
iniciar uma migração.
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Área de cobertura: é a área de
garantia da disponibilidade do serviço da comunicação.
Pode ser de uns 80 a 200 metros de diâmetro para equipamentos de
ambientes fechados, mas pode chegar a dezenas de quilômetros com
equipamentos refinados e extremamente caros, geralmente empregados apenas
por grandes corporações e empresas.
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Mobilidade: deve ser permitido que as estações
se movam de uma área a outra da mesma rede, mesmo que se passe de
um ponto de acesso a outro. Recursos de roaming são desejáveis.
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Licença de operação: é
preferível o uso de redes que funcionem sem a necessidade de licença
para a freqüência de operação. No caso oposto,
pode ser mais complexo liberar a operação e os custos envolvidos
podem ser mais elevados.
Utilização:
No dia a dia, em nossa vida cotidiana percebe-se o potencial
de aplicação das redes sem fio. Pode-se utilizá-las
nas mais diversas áreas. Por exemplo, para médicos podem
ser empregadas junto a notebooks ou hand-held para obtenção
de informações dos pacientes instantaneamente.
Para consultores, grupos de auditoria ou pequenos grupos,
permite o aumento da produtividade com acesso rápido e fácil
a bases de dados.
Administradores de rede minimizam o estresse causado pela
mudança de cabos, extensões e outros incovenientes das redes
cabeadas.
Em construções antigas, beneficiam os proprietários,
evitando a implantação de canaletas, conduítes e similares.
Executivos podem tomar decisões mais rápidas,
pois podem acessar as informações em tempo real com muita
agilidade.
Mas deve-se ter em mente que todas essas aplicações
de Redes sem Fio formam apenas uma pequena parte do cenário que
existirá no futuro. Como a “onda” de Redes sem Fio está crescendo
rapidamente, muitos outros aparelhos e aplicações serão
criados.