O interesse pela
segurança da computação não é recente.
Muito pelo contrário, esse é um tema que sempre esteve
presente nas discussões acerca do futuro da
computação. Atualmente, o que se pode verificar é
que o número de ataques a sistemas de computação tem
crescido em número e em sofisticação. Paralelo a
isso, é possível notarmos algumas iniciativas que tentam
garantir maior segurança para usuários finais e para as
corporações. As duas principais iniciativas nesse sentido
são a virtualização e a introdução do
conceito de computação
confiável.
A
virtualização é uma alternativa no quesito de
segurança, pois esta promove a separação de uma
máquina física em diversos ambientes isolados, separados
entre si, as chamadas máquinas virtuais. No entanto, os
sistemas virtualizados sofrem alguns desafios impostos pela
plataforma IA-32, a plataforma PC. Como uma alternativa para lidar
com os desafios impostos por essa plataforma, a plataforma
computacional mais usada, a Intel desenvolveu um conjunto de
tecnologias para melhorar o desempenho da virtualização,
a Intel Virtualization Technology. Nesse trabalho foi
abordada a primeira tecnologia desse conjunto, a Intel
Virtualization Technology for IA-32, já que o escopo desse
trabalho restringe-se a plataforma IA-32.
Outra tendência
de garantir a segurança na plataforma IA-32 é
através da Computação Confiável, Trusted
Computing. A Computação Confiável é uma
tecnologia que prevê mudanças no hardware da plataforma
PC para garantir a segurança das informações. Embora
seja um avanço na segurança dos computadores pessoais,
surgem muitas críticas à Computação
Confiável, pois o próprio usuário passa a ser visto
como uma ameaça. Outro ponto negativo da computação
confiável é a perda de autonomia dos usuários, que
perdem o controle sobre dados em seu computador. Uma
implementação da computação confiável
é a Intel Trusted Execution Technology, que foi
abordada nesse trabalho.
Tendo em vista os
fatos apresentados, percebe-se que as duas tecnologias abordadas
são razoavelmente recentes e ainda não têm uma
presença tão marcante no mercado de computadores
pessoais. Isso se deve ao fato de que ambas as tecnologias não
são apenas modificações no processador, mas englobam
também mudanças na BIOS, chipset, placa-mãe
e, no caso da Intel Trusted Execution Technology, a
introdução de mais um acessório na placa-mãe o
TPM (Trusted Plataform Module). Entretanto, ambas aparentam
ser promissoras e em breve estarão presentes na plataforma PC
convencional.